É saudade.

Deu vontade de ir pro fifó, comer uma coxinha em Vau, resenhar no 4 estações ou no bar do tio que esqueci o nome, de anadar pelo Feira VI no desespero de ser assaltada, de aturar as pertubações de Elias Junior e Rafa Teixeira, deu saudade de conversar com Lúria Gomes e pedir conselhos a Milena Oliveira, queria respirar aquele ar de frente a reitoria da UEFS, deu vontade até de andar do módulo 1 ao 7 só pra ter a sensação de ter abraçado aquela imensidão de alegrias que vivi. Queria ver Junior Ribeiro, Thiago Azevedo e Zetti Moura (nunca queriam me levar em casa, mas apesar dos pesares não me deixavam ir só...), queria um olhar sincero de Leandro Souza agora, precisava de Thamyris Zacca para falar mau de um certo professor (: ... Saudade de David Costa liindão, de Swana, Bianca, Paulinha, Jéssica! Em fim, é só saudade, depois passa, espero que passe... Mas quando passar, quero relembrar com vocês. (Chorei horrores agora! HEISUEHISUEHSIUEHSIEUHSIEUHSIEUE).

NINGUÉM VÊ.

Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei, somos a nossa praia preferida, aquele amor platônico, a conversa séria que tivemos um dia com nossos pais, você é o que você lembra. Você é a saudade que sente da sua mãe, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que arrancou lágrimas, você é o que você chora. Você é o abraço inesperado, a força para o seu melhor amigo, a sensibilidade que grita, o carinho que aconchega, os pedaços que junta, você é o arrepio, a gargalhada, o beijo, o sorriso. Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o ódio que tudo isso dá. Você é o que ninguém vê! Eu sou, e nem eu consigo vê!

Aline Nogueira.

SABE EU?

To com vontade de ver o mar. Pé na areia molhada, gelada. Vento frio horizonte sem fim, sem poeira, sem fumaça, sem chão, sem gente. Por do sol colorido. Hoje eu to sem pressa, sem hora, sem tempo. Hoje eu to com sono de sofá e cobertor, bolacha recheada e refrigerante. Vontade de dormir vendo comercial chato ou propaganda de politica. Nada que me interesse. Hoje eu acordei sem sono de dormir mais com um sono enorme de sonhar. De mal do espelho. Hoje eu não to muito afim de falar. Eu preciso sentir. Hoje eu preciso do seu abraço, da sua mão pra me esquentar, do seu olhar para fugir de me olhar. Hoje eu preciso ouvir que tudo vai dar certo, mesmo eu sabendo que talvez não vai, preciso de uma nova amizade pra redescobrir os meus limites, preciso de alguém comigo pra me dizer que tem saudades. To com vontade de mousse de limão, sorvete de creme e brigadeiro de panela. Hoje eu to só sonhos e sabe eu? Preciso te contar todos eles! Hoje eu preciso mesmo é daquelas horas no msn, mas que diga-se de passagem acabam virando minutos, só preciso relembrar... e não sofrer por isso.


Aline Nogueira.

Enfim ACABOU!

Eu passei grande parte da minha vida correndo atrás do amor. Eu corri até a última  rua, e ignorei qualquer coisa que me parecesse empecilho. Eu andei por cada canto da cidade, procurando por aquilo que me tirasse todo o fôlego. Eu suei frio, e em meus pés formaram bolhas. Eu queria as tais borboletas no estomago e aquele amor que balançasse meu ego. Eu queria beijos de novela e juras eternas.  Eu queria um romance extravagante, louco, desses que se vê em filmes e livros poéticos. Mas depois de tanto correr, eu parei. Cansei de ser idiota e parei.  Aprendi que para ser livre dessa busca infinita é preciso ser idiota. Mas aí recorri ao passado em busca de direção, mas o passado não me guiou, embora tenha eliminado de mim uma incerteza que eu insistia em continuar. 'Amor não se encontra, ele acontece com o tempo sem hora marcada', e foi aí que então percebi, que de tanto insistir em não querer mais amar, descobrir que não amava.
E foi melhor assim, ao menos pra mim.
Aline Nogueira.

LEMBREI.

Minha mãe me disse que algumas vezes as pessoas têm que chorar, todas as suas lágrimas, para dar lugar a um coração cheio de sorrisos. Lembrei disso enquanto você enxugava as minhas e deixei meu coração se encher de você. Obrigado por ter sido...!
Aline Nogueira.

Gente.

'

Eu tinha medo de coisa de outro mundo, mas hoje eu tenho medo de gente. Gente que sorri de um jeito e pensa de outro. Gente que te olha nos olhos docemente e dá grandes gargalhadas por dentro. Gente que fala uma coisa e faz outra. Gente que veste uma máscara de bondade e sorrateiramente leva seus dias de paz embora. Tenho muito medo disso. E mais medo ainda de saber que um dia alguém assim esteve perto. Medo de gente faz a gente se conhecer melhor. Faz a gente não se importar mais com as palavras que a pessoa diz. Mas ficar esperando o que ela faz. E por mais que não saibamos o que ela faz. Um dia as histórias aparecem. E aí que vamos descobrindo os detalhes que as compõem. As doces mentiras. Que de tão doces, qualquer sorriso bem dado nos comove. Por isso continuo fincada com os pés no chão.
Aline Nogueira.' 


"Parem de sorrir automaticamente pra tudo, hipocresia deveria ser crime, admitam que vocês não fazem a menor idéia do que fazem. Admitam a dor de estar feio, e admitam que estar bonito não adianta merda nenhuma."
Tati Bernardi. 

DESCAPRICHO.

RASCUNHOS...

Papéis. Rascunhos. Fotos. Vista embaçada. Óculos. Pistas com sorrisinhos. Celular. Bilhete. SMS. Amor descongelado e moldado no fundo dos olhos, e depois congelado e fixo dentro de mim. Música. Temperamento. Movimento. Metade. Junção. Inteiro. Letras transformadas em sonhos. Personagens. Pensamento. Você. Suspiro camuflado no espelho. Escrevo. Amor. Brigadeiro.Palavras contidas, versos inteiros. Sonhos. Pressa. Disfarce. Alegria. Vida que caminha. Lápis. Transformo. Chocolate, muito chocolate. Filme. Videos. Sono. Nós. Aqui. Ontem. Hoje.Depois. Palavras grudadas na palma das mãos. Sentimento. Ponto. Três pontos. Vírgula. Amanhã. Rascunhos dobrados no bolso. e depois amassados pra esquecer. Rotina. Pincel. Céu. Coragem. Vontade besta de decorar estrofes poéticas sobre a lua cheias de letras e jogos de palavras. Vontade de voltar ao tempo, e ao mesmo tempo de adiantá-lo, só pra reviver um momento. Vontade de escrever e ao mesmo tempo de que não venha nada que possa ser compreendido, só por escrever. Guardei como rascunho.
Aline Nogueira.